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Onde aplicar? Conheça os principais usos da geofísica aplicada.

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Os usos da geofísica são vários, e abrangem uma grande área de atuação para perpassar as necessidades de sondagem e, efetivamente, entender as características do solo a ser estudado.

Isso se traduz em diversas possibilidades de investigação, necessárias em vários tipos de empreendimentos. Sem os usos da geofísica que iremos demonstrar neste artigo, algumas realizações podem se tornar mais caras, mais trabalhosas ou até mesmo nem sair do papel.

Neste artigo, nós elencamos os principais usos da geofísica aplicada para você conhecê-los e entender onde eles são normalmente aplicados. Podemos começar?

 1 – Eletrorresistividade

Em alguns artigos do nosso blog, já elencamos algumas funcionalidades da eletrorresistividade aplicada no reconhecimento do solo. Basicamente, esse método geofísico procura entender características da resistividade elétrica do solo, o que se traduz na identificação dos seus componentes e em características específicas necessárias para a realização de alguns empreendimentos.

Eletrorresistividade

Uma dessas aplicações que podemos destacar é o reconhecimento da resistividade elétrica dos componentes do solo para dimensionamento de malhas de aterramento. Os empreendimentos em questão são as subestações energizadas, parques de geração de energia fotovoltaica, parques eólicos, etc. Nesses casos, entender a resistividade do solo onde a malha de aterramento será instalada é, inclusive, um requerimento legal exigido pela ABNT.

Mas os usos da geofísica que contemplam a eletrorresistividade não param por aí. Podemos destacar a identificação do nível do lençol freático, a identificação de estruturas favoráveis a percolação de águas subterrâneas para a perfuração de poços artesianos, a delimitação da extensão de jazidas, a correta determinação de vazamentos de contaminantes no solo, dimensionamento de aterros sanitários, mapeamento de vazios, entre outros.

2 – Georadar

O Georadar, ou Ground Penetrating Radar, é um equipamento que consegue identificar estruturas enterradas com ótimo nível de detalhamento, o que é extremamente eficaz em situações onde necessariamente haverão escavações ou qualquer processo destrutivo no solo.

Georadar

Uma das suas maiores aplicações é em obras, principalmente no estágio de perfuração de fundações, onde podem haver elementos no solo que apresentam riscos para os trabalhadores e para o bom andamento da construção. Dutos não demarcados, fiações elétricas, bancos de fibra óptica, tanques abandonados e outros tipos de estruturas, quando não mapeadas, representam riscos sérios para a segurança e o funcionamento da cadeia produtiva.

Outro desses usos da geofísica com a aplicação do georadar é na identificação de sítios arqueológicos sem a necessidade de realizar escavações que podem danificar os artefatos ou fósseis. O georadar é um método não destrutivo, o que é comum nos usos da geofísica aplicada, o que garante a integridade dos objetos e é muito mais rápido do que montar uma equipe de escavação e executá-la.

O georadar também é absolutamente útil na verificação da integridade de estruturas enterradas, como fundações, no entendimento das condições da malha asfáltica subsuperficial  – assim como sua espessura.

3 – Sísmica

 A metodologia sísmica tem como desdobramentos a sísmica de refração, de reflexão e uma nova técnica, o MASW (do inglês Multichannel Acquisition of Surface Waves), atualmente em grande expansão.

Em um levantamento sísmico, as ondas sísmicas são criadas por uma fonte artificial (marreta, queda de peso, explosivos, caminhões vibroseis) e se propagam em subsuperfície. Essas ondas ao atingirem camadas com diferentes velocidades são refletidas e refratas e então registrado o tempo de chegada por geofones ou hidrogeofones distribuídos na superfície.

A sísmica de refração concreta-se na primeira chegada da energia sísmica após a mesma ser gerada na superfície, viajar através do solo e ser refratada, retornando a superfície, onde é registrada. Essa metodologia é amplamente empregada na geologia de engenharia, permitindo a determinação do topo rochoso, espessura do capeamento de solo e definição das camadas em subsuperfície.

Os levantamentos sísmicos de reflexão são amplamente utilizados, principalmente na pesquisa de petróleo, o que permitiu inclusive o aperfeiçoamento da técnica, que produz imagens de alta resolução. Nessa metodologia as ondas sísmicas são refletidas pelas distintas interfaces geológicas, sendo o tempo de percurso de ida e volta da onda convertidos em estimativas de profundidade dessas interfaces.

Utilizando-se dos mesmos preceitos e dos mesmos equipamentos – mas também de uma distância de investigação menor – a MASW é a aplicação da geofísica aliada à geotecnia.

O ensaio MASW amplia a área de atuação da sísmica, ele se baseia na análise das ondas superficiais, com objetivo de gerar um perfil de variação da onda cisalhante (Vs) em profundidade. É amplamente utilizado em investigações geotécnicas e em engenharia de fundações, já que permitem o conhecimento das propriedades elásticas dos materiais geológicos e então prever o comportamento de tensão-deformação dos solos.

Os usos da geofísica aplicada são vários, e se baseiam principalmente nas necessidades que você tem de investigação do solo.

 Para saber qual é o uso mais indicado pra você, não deixe de entrar em contato com a Geoanalisys e tirar todas as suas dúvidas!

Até o próximo artigo!

(imagens: divulgação)

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