Descoberta de cemitério indígena – Laranjal do Jari, no Amapá
A geofísica aplicada na arqueologia possui uma longa história de sucesso no Brasil e no mundo inteiro, sendo responsável por encontrar fósseis e artefatos de civilizações antigas com maior facilidade e segurança.
Isso tudo porque, como sempre enfatizamos nos nossos artigos aqui no blog, o GPR – também conhecido como georadar – é um método não invasivo de investigação do solo, sendo que na arqueologia isso se mostra como uma grande vantagem.
Quer saber mais sobre o georadar aplicado na arqueologia? Quer entender qual é a relação dos métodos geofísicos nessa área de estudos? Neste artigo trazemos uma discussão sobre o assunto. Continue a leitura para saber mais!
O georadar aplicado na arqueologia à serviço da integridade dos objetos encontrados
No Brasil, o maior marco do georadar aplicado na arqueologia e dos métodos geofísicos auxiliando nessas investigações data dos anos 80, quando um extenso sítio foi mapeado na ilha de Marajós sem a necessidade de escavações extensas para a comprovação da existência de artefatos cerâmicos na região.
O seu uso trouxe uma conclusão inusitada aos arqueólogos, que até hoje é entendida como um grande avanço da tecnologia a favor dos estudos acadêmicos dos fósseis e dos artefatos de outras épocas: não é necessário escavar para descobrir a existência de sítios arqueológicos em regiões.
Ruínas Romanas encontradas na França
O georadar aplicado na arqueologia traz grandes vantagens pautadas nessa premissa. A escavação é um processo invasivo, que pode desencadear erosões no sítio arqueológico, expor peças à ação da oxidação, fragiliza-las e contaminá-las com o ambiente. Para o estudo arqueológico, esses acontecimentos são tidos como prejudiciais à integridade dos objetos encontrados.
Mas como o georadar aplicado na arqueologia funciona?
Sem escavação
O georadar aplicado na arqueologia funciona quase da mesma forma do seu uso em contextos de obras e escavações em geral.
O georadar emite pulsos eletromagnéticos de alta frequência. Com a reflexão das ondas eletromagnéticas e sua captação pela antena do equipamento, criam-se seções verticais em que anomalias no solo podem ser facilmente percebidas.
Com isso, os objetos a serem investigados são encontrados no solo antes mesmo de qualquer tipo de escavação, permitindo a demarcação da área com maior certeza, segurança para as peças e menos trabalho.
Proteção do sítio e dos artefatos: as vantagens do georadar aplicado na arqueologia
O georadar aplicado na arqueologia apresenta como principal vantagem a velocidade na correta demarcação da área a ser estudada e no entendimento de impactos de instalações próximas ao sítio.
Sítio arqueológico em São Manuel/SP
Com a crescente expansão urbana, sítios arqueológicos se encontram ameaçados pelos efeitos que a cidade pode produzir. Com o georadar aplicado na arqueologia, torna-se rápido e fácil entender esses problemas e proteger a área antes que a cidade chegue até ela.
Além disso, obras como hidrelétricas, por exemplo, também podem interferir negativamente em sítios arqueológicos. A agilidade e a abrangência dos métodos geofísicos auxiliam na proteção da área de estudos.
Sítios arqueológicos sob estruturas
Uma outra grande vantagem é a identificação de sítios arqueológicos embaixo de grandes estruturas, como igrejas, estradas e ruas.
O esforço para realizar a escavação nesses casos é grande, e se contarmos com a burocracia necessária para a apropriação do terreno, desconstrução da estrutura e a própria escavação, a confirmação da presença de itens enterrados deve ser concisa e veloz para que o empreendimento não seja inviabilizado.
Sítio arqueológico na Colômbia
A segurança e a redução de custos
O próprio processo de escavação, quando não se é possível prever perfeitamente a profundidade dos achados, suas dimensões e suas particularidades, pode representar riscos para a sua integridade. O georadar aplicado na arqueologia busca, então, a segurança da escavação com um entendimento prévio.
Os custos do estudo arqueológico também são reduzidos com o georadar, já que não há a necessidade de extensas escavações, sendo possível saber pontualmente onde os itens ou fósseis se encontram.
Falar sobre as vantagens do georadar aplicado na arqueologia, hoje em dia, já é quase lugar comum. Sua aplicação é ampla pelo mundo todo, sendo que suas vantagens são aproveitadas para melhorar os processos de escavação, economizar e proporcionar mais segurança para os artefatos.
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(imagens: divulgação)